Myrtaceae

Eugenia farneyi Faria & Proença

Como citar:

Monira Bicalho; Eduardo Amorim. 2022. Eugenia farneyi (Myrtaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

4,669 Km2

AOO:

12,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Mazine et al., 2022), com distribuição: no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Armação dos Búzios e Cabo Frio.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2022
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Eduardo Amorim
Critério: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Árvore com até 6 m de altura, endêmica da Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, ocorre na Mata Atlântica, em fitofisionomias de Floresta Estacional Semidecidual. Apresenta EOO e AOO igual a 12km² e duas localizações condicionadas à ameaça. Considerando as áreas de infraestrutura urbana e atividades pecuaristas como os principais vetores de ameaça contra a perpetuação da espécie. Em 2020, a espécie apresentava 42,21% (337,70 ha) da sua AOO e 8,99% (36,73 ha) da sua EOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,37% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2001 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,32% aa. Em 2020, a espécie apresentava 20,84% (166,76 ha) da sua AOO e 13,22% (54,00 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem. Atividade que tem crescido a uma taxa de 3,37% aa desde 2010 até 2020. Assim, infere-se declínio continuado de extensão de ocorrência, área de ocupação e qualidade de habitat. Desta maneira, a espécie foi avaliada como Em Perigo (EN) de extinção. Recomendam-se buscas por novos registros de ocorrências, ações de pesquisa e de conservação in situ e ex situ a fim de ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Último avistamento: 2018
Quantidade de locations: 2
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

Transcorridos mais de 5 anos após a última avaliação da espécie.

Houve mudança de categoria: Sim
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2017 CR

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Phytotaxa 208(3): 204 (2015). Eugenia farneyi é afim de E. malacantha, da qual se distingue por suas folhas com margens (vs. margens fortemente onduladas em E. malacantha); racemos precoces (auxotélicos) (vs. racemos umbeliformes em E. malacanhta); subpiriformes, não verrucosos, frutos de 1 semente (oblatos a elipsóides, verrucosos, frutos de 2 a 4 sementes em E. malacantha) (Faria et al., 2015).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Estacional Semidecidual
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Árvore com até 6 m de altura. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual (Mazine et al., 2022).
Referências:
  1. Mazine, F.F., Bünger, M., Faria, J.E.Q., Fernandes, T., Giaretta, A., Valdemarin, K.S., Santana, K.C., Souza, M.A.D., Sobral, M., 2022. Eugenia. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB603475 (acesso em 30 de agosto de 2022).

Reprodução:

Fenologia: flowering (Oct~Sep), fruiting (Oct~Nov)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present,future regional high
De acordo com o MapBiomas, os municípios Armação dos Búzios (RJ) e Cabo Frio (RJ) possuem, respectivamente, 22,46% (1593,89ha) e 14,27% (5903,37ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 42,21% (337,70 ha) da sua AOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,37% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2001 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,32% aa. Em 2020, a espécie apresentava 8,99% (36,73 ha) da sua EOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,37% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2001 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,32% aa (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Armação dos Búzios (RJ) e Cabo Frio (RJ). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 01 de setembro de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat,occurrence past,present,future regional high
Em 2020, a espécie apresentava 20,84% (166,76 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,08% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2010 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 3,37% aa. Em 2020, a espécie apresentava 13,22% (54,00 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico, atividade que diminui a uma taxa de -0,08% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2010 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 3,37% aa (MapBiomas, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 01 de setembro de 2022).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Armação dos Búzios (RJ) e Cabo Frio (RJ) possuem, respectivamente, 28,38% (2014,6ha) e 50,4% (20843,95ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2022. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2020. Municípios: Armação dos Búzios (RJ) e Cabo Frio (RJ). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 01 de setembro de 2022).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica Ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica Ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Parque Estadual da Costa do Sol.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.